08 janeiro, 2009

Uma longa história e um futuro trágico em construção

Da maneira como até agora Israel tem procurado criar zonas de controle nos países soberanos vizinhos, nunca será possível garantir respeito pela soberania dos seus vizinhos e ao mesmo tempo exigir que eles garantam a segurança de Israel! O desiquilibrio das forças e a ferocidade dos ataques israelitas só vão gerar mais ódio das novas gerações dos palestinos e seus simpatizantes, ódio esse que se associa também aos americanos e seus aliados considerados cúmplices dos sionistas. Israel tem uma longa história, mas também um longo e trágico futuro em construção.

2 comentários:

O Pai disse...

Procuro sempre colocar-me dos dois lados, antes de comentar o que quer que seja. Seja como for, o comentário do Prof. Teotónio tem sentido. Ali nada se constrói, tudo se destrói: pessoas, edificios, sentimentos saudáveis, e...o futuro. Os judeus, conhecidos também por serem bons negociantes estão talvez a gerir mal este "negócio".

Fernão, O Capelo disse...

Dizia Golda Meir, que foi primeira-ministra de Israel, que "Só haverá paz quando os árabes amarem mais os seus filhos do que odeiam a nós".
E, de facto, podemos considerar desproporcional a relação de forças entre Israel e os palestinianos, mas há alguns aspectos que não podemos perder de vista. Primeiro, foi o Hamas quem rompeu a trégua ao lançar durante oito anos consecutivos milhares de mísseis a uma distância de até 40 km no território israelita, sabendo perfeitamente que a retaliação seria dura e atingiria a população civil (e também as mesquitas e hospitais onde não tiveram pejo em esconder armas e munições) que se amontoa naquela nesga de terra. Segundo Israel tem uma posição dissuassora a manter sobretudo perante vizinhos como o Irão e a Síria que também não têm problemas em ir armando estas e outras milícias, para que façam por eles o trabalho sujo e sofram em vez deles as consequências dele.
Bem pode o mundo ocidental assistir horrorizado ao desfilar de mortos e feridos na sacrificada Faixa de Gaza e condenar Israel. Enquanto os outros participantes deste jogo de influências regional não se empenharem em construir a paz, jamais se poderá esperar que ela caia do céu como que por milagre.