03 junho, 2009

MEMORÁVEL VISITA DE ESTUDO A SINTRA

- Quando Estudo e Convívio são o “motor” de uma cabal aprendizagem!

Realizou-se no passado Sábado, dia 23 de Maio, a agendada Visita de Estudo a Sintra, da Turma N, do 1º Ano, do Curso de História, da Faculdade de Ciências Sociais e Humanas, da Universidade Lusófona de Humanidades e Tecnologias. Esta visita, integrada no programa pedagógico das cadeiras de Introdução à Arqueologia e História da Arte e Património – I, foi acompanhada, do ponto de vista científico, pela Professora Doutora Ana Cristina Martins, Docente de ambas as disciplinas.

De manhã, depois de uma concentração logística e de convívio junto à Igreja da Terrugem, o grupo rumou ao Museu e Sítio Arqueológico de Odrinhas, sob gestão e responsabilidade de uma empresa municipal do concelho de Sintra.

Ali, para lá da visita organizada e guiada por uma Técnica do respectivo núcleo museológico, a nossa Companheira Filipa Carvalho, teve a oportunidade de nos guiar pelo Cromeleque de Odrinhas e, em pleno campo, apresentar e defender oralmente o seu trabalho de semestre da cadeira de Introdução à Arqueologia, no que foi muito aplaudida por todos os presentes. Já no caminho para Sintra, a Filipa Carvalho, teve ainda a oportunidade de mostrar o menir central do respectivo e visitado cromeleque que, infelizmente, se encontra como peça decorativa num jardim particular, logo, fora do seu espaço natural e completamente descontextualizado.

Seguiu-se o almoço típico de convívio e tertúlia cultural, no restaurante “Regional ”, no centro histórico da Vila de Sintra que foi presidido pelo Professor Doutor Teotónio R. de Souza, Director do Departamento de História, da FCSH, da Universidade Lusófona e pelas Professoras Doutoras Ana Cristina Martins e Olga Iglésias. Como convidada de honra, a nossa Turma teve o privilégio de poder contar com a presença da Senhora Drª Ana Bramão Ramos, Directora de Protocolo, Relações Públicas e Comunicação Social da edilidade Património da Humanidade, que nos deu as Boas Vindas em nome da Câmara Municipal de Sintra e ofereceu a todos os presentes lembranças e muita informação sobre a história, tradições, turismo e cultura de Sintra.

No final do almoço, o Professor Doutor Teotónio R. de Souza, agradeceu a todos a presença e o empenhamento na organização da jornada e cumprimentou de forma especial a Câmara Municipal de Sintra, na pessoa da Drª Ana Bramão Ramos, académica da Academia de Letras e Artes.

Na ocasião a Turma ofereceu ao Núcleo Lusófono da História, representado pela Professora Doutora Olga Iglésias, um conjunto de merchandising com o logótipo do NLH, nomeadamente camisolas e canetas que foram distribuídas pelos convivas.

Depois da fotografia ‘oficial’ do encontro, já com as “camisolas vestidas”, frente ao cenário do pelourinho que se encontra junto aos Paços do Concelho, foi tempo de nos dirigirmos ao Palácio Real da Vila, antigo alcazar mourisco e, depois, Paço Real, onde o Companheiro Paulo Medeiros, teve o tempo disponível para nos guiar pelo emblemático monumento nacional e, em pleno espaço da história viva, apresentar e defender oralmente, com grande domínio da matéria, o seu trabalho de semestre da cadeira de História da Arte e Património – I.

Também, o Companheiro Vítor Escudero, apresentou oralmente um dos seus trabalhos de semestre da cadeira de História da Arte e Património – I, com a temática da leitura heráldica e simbólica dos tectos das Salas dos Cisnes, das Pegas e dos Brasões.

Finda a visita de estudo, ainda houve tempo para as habituais compras pelo comércio tradicional do centro histórico da vila e para saborear as típicas queijadinhas ou travesseiros de Sintra, porque gastronomia… é, indiscutivelmente, cultura e história!

Desta memorável visita de estudo, ficam já as memórias e as saudades mas, também, a convicção firme e perene de que só com agradável convívio, boa Harmonia, Solidariedade, Fraternidade e cumplicidade entre Docentes e Discentes, se pode e deve levar por diante esta missão difícil de ensinar e aprender a paixão da e pela História!
Vítor ESCUDERO

01 junho, 2009

XV Semana Sociológica da ACSEL

A QUESTÃO ELEITORAL
Para uma “Crítica da Razão Democrático-Eleitoral”


A crise económica desafia os limites da intervenção política nos Estados modernos e recoloca a discussão sobre o papel da vontade dos povos na formação da «decisão pública». De tal modo é relevante que, mesmo sem estar em causa a sobrevivência do Regime Político, a “questão dos Sistemas Eleitorais” não pode deixar de ser equacionada.
É, neste contexto, uma exigência da agenda do Estado Democrático de Direito a discussão do Sistema Eleitoral e das formas de representação democrática, tema a que os cientistas sociais dos Estados Lusófonos não se podem alhear.
Portugal enfrenta este ano três actos eleitorais: as Eleições Europeias, as Eleições Legislativas e as Eleições Autárquicas.
O eleitorado europeu escolhe a sua representação política, numa Europa que não conseguiu aprovar o Tratado de Lisboa e que enfrenta o desafio da coesão económica e monetária.
O país escolhe a sua maioria de governo num momento de “Crise Global” e até de uma crise da legitimidade das instituições, em face de uma «judicialização» que tornou ainda mais problemática a credibilidade dos agentes políticos, o equilíbrio na separação de poderes e a transparência das decisões da Administração Pública.
E, finalmente, a nível autárquico, o avolumar de competências locais, num processo acelerado de desconcentração de competências, levantando a questão do aumento ou de transferência das receitas públicas, coloca em causa a própria sustentabilidade do Estado Social, para além de recolocar em novos dados, onde avulta o fenómeno já institucionalizado das “Eurorregiões” (de que o caso da “Eurorregião” do Noroeste da Península Ibérica: Norte de Portugal e Galiza” constitui, para nós, o paradigma mais óbvio e mais imediato), a velha e “vexata questio” da “Regionalização Portuguesa”.
Crise nas instituições europeias, crise no Estado Social e crise económica global são ingredientes para afastar os cidadãos da «decisão pública» numa altura em que a mobilização para a cidadania parece ser a única resposta possível ao descrédito do Sistema Político.
Assim, a “questão eleitoral” ganha urgência, pois remete-nos exactamente para os fundamentos do Regime Republicano e Democrático. É a consciência disso mesmo que torna particularmente actual o tema da XV Semana Sociológica da ACSEL a realizar entre os dias 2 e 4 de Junho de 2009, na Universidade Lusófona do Porto, porque, não obstante todos os seus problemas, para a Ciência Política moderna continua a ser um postulado que “o regime democrático é o pior de todos os regimes, à excepção de todos os outros” (Churchil dixit!) e, no regime democrático, as “democráticas eleições” continuam igualmente a ser “o pior de todos os recursos, mas também só depois de excluídos todos os outros!”.
Sem prejuízo, antes pelo contrário, de contínuos aperfeiçoamentos e permanentes críticas da “Razão Democrático-Eleitoral”, em Portugal e em todos os Estados Lusófonos.
Presidente - ACSEL,
Prof. Doutor Fernando Santos Neves
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Secretariado da Comissão executiva da ACSEL