29 abril, 2009

13 de Maio

Da Wikipedia:

13 de Maio é o 133º dia do ano no calendário gregoriano (134º em anos bissextos). Faltam 232 para acabar o ano.
O 13 de maio, por tratar-se do 133º dia do ano é considerado pelas ordens secretas, esotéricas, filosóficas e místicas como sendo uma proporção áurea do ano, esse dia de interesse histórico para a monarquia efemérides monárquicas coincide também com a aparição de Nossa Senhora de Fátima, com o nascimento de Dom João VI e sanção da Lei Áurea assinado por sua neta a Princesa Isabel.

E agora, a adivinha:
o que é, o que é, que também nasceu a 13 de Maio e nem eu sabia?!

21 abril, 2009

Açores antes dos Portugueses

Diário Insular: 21-04-2009

Fernanda Durão, investigadora: Doze palavras egípcias detectadas na Terceira.

FERNANDA DURÃO: “É óbvio que os Açores já tinham sido habitados antes da ocupação portuguesa”.

DI - Não lhe parece que a sua teoria que liga a ilha Terceira aos faraós pode correr o risco de ser considerada “estranha”?
À primeira vista é claro que sim. Mas as figuras, além de serem reais, não estão postas nos lugares onde estão, por acaso. Além disso, elas são datadas, isto é: o grifo é um animal mitológico antiquíssimo, bem como a cabeça de guerreiro é típica da Idade do Bronze, devido ao seu capacete com viseira. As figuras são como uma "banda desenhada gigante" pois CONTAM UMA HISTÓRIA. E essa história é uma das mais antigas histórias da Humanidade, conhecida pelo Livro dos Mortos. De facto, na interligação das várias figuras umas com as outras detectei pelo menos 23 (vinte e três) cenários do Livro dos Mortos do Antigo Egipto que, como se sabe, era uma colectânea de orações que o defunto devia rezar para regressar, com a sua alma, ao reino dos antepassados: Uma "Ilha Ocidental" que media 300 medidas por 200, medidas estas que se identificam proporcionalmente com as medidas da Ilha Terceira, 18klx29kms.
DI - Se os Açores foram terra de faraós, que implicações daí decorrem para a compreensão da História da Antiguidade?
A História faz-se e refaz-se todos os dias. É óbvio que os Açores já tinham sido habitados antes da ocupação portuguesa, como dizia o grande historiador Francisco Ferreira Drummond. E ele não tinha o Google Earth ao dispor dele! Mais: as ilha AINDA eram habitadas quando os portugueses chegaram no séc. XV. A toponímia local assim o indica.
DI - As figuras que vê desenhadas na Terceira… Parece-lhe mesmo que terão consistência na realidade concreta?
Detectei pelo menos 12 (doze) palavras de origem egípcia na Terceira: SERRETA - teve origem no nome da deusa SERKET, senhora do Além, geralmente representada por uma mulher com um escorpião na cabeça. Na zona da Serreta, existe a Ribeira do Além e VÁRIOS ESCORPIÕES GIGANTESCOS DESENHADOS NO SOLO! Mais a norte, a Ponta do QUEIMADO deve o seu nome ao deus KHNUM, geralmente representado por um homem com cabeça de CARNEIRO. Nesta zona encontra-se o Pico do CARNEIRO bem no centro de uma enorme cabeça de CARNEIRO. A Freguesia de S. BRÁS deve o seu nome à deusa BASTET, geralmente representada por uma leoa ou uma mulher com cabeça de LEOA. Nesta zona está também "desenhada" na paisagem um enorme LEÃO. Há ainda o vocábulo MERENS que chegou até nós na sua pureza original, não sofrendo qualquer aportuguesamento. É o nome de um oráculo egípcio!... Não quero massacrá-lo com mais exemplos. Isto já é matéria de reflexão...
DI - Que estudos sugere para tirar a limpo a tese que defende?
O estudo que fiz é um caderno de campo com 84 páginas que obviamente não posso transcrever para aqui. Penso que seria útil fazer uma prospecção com GPR (scanner para detectar construções subterrâneas). Esse estudo devia ser patrocinado pelo Governo Regional, que tem todo o interesse neste projecto. ESTE PATRIMÓNIO BEM GERIDO PODE TRAZER BENEFÍCIOS INCALCULÁVEIS À ILHA, À REGIÃO E AO PAÍS."

19 abril, 2009

Arquivo perdido de Salazar descoberto em Queluz

O estudo da história tem destes aliciantes; de repente, descoberto quase por acaso, aparece um tesouro destes:

A notícia completea pode ser lida na edição de 18 de Abril do Jornal Público e refere-se a um importante tesouro documental descoberto por um contínuo de um armazém em Queluz, tutelado pela Secretaria-Geral da Presidência do Conselho de Ministros.

A documentação compreendida entre os anos de 1938 e 1957 vem preencher uma lacuna relativa ao fundo existente na Torre do Tombo sobre a Presidência do Conselho de Ministros (PCM) que se situa precisamente entre 1957 e 1974. São milhares de documentos que permitem conhecer um pouco mais sobre a maneira como decorriam os Conselhos de Ministros durante o Estado Novo. Segundo os investigadores, citados pelo Público, Salazar chamava a si o controle de todo o processo de decisão tanto em matérias fundamentais para o país, como em assuntos mais banais como a “inconveniência” de certos fatos de banho usados nas praias portuguesas.

O espólio está a ser tratado na Torre do Tombo, onde está ainda em fase de quarentena. Segundo Silvestre Lacerda, director do Instituto dos Arquivos Nacionais/Torre do Tombo, este arquivo poderá estar disponível para consulta já no fim do Verão. Entretanto aqui fica uma pequena amostra disponibilizada online pelo Público:


http://static.publico.clix.pt/docs/politica/arquivopcmsalazar/

Foto: Miguel Madeira, Jornal Público

Paulo Medeiros <pauinho@gmail.com>

Corsários v/s Piratas! a história repete-se no Oceano Indico








O governo da Somália entrou em colapso em 1991. Nove milhões de somalianos passam fome desde então. E todos e tudo o que há de pior no mundo ocidental rapidamente viu, nessa desgraça, a oportunidade para assaltar o país e roubar de lá o que houvesse. Ao mesmo tempo, viram nos mares da Somália o local ideal para lançar o lixo nuclear do planeta.


Exactamente isso: lixo atómico. Mal o governo se desfez (e os ricos partiram), começaram a aparecer misteriosos navios europeus no litoral da Somália, que jogavam ao mar contentores e barris enormes. A população do litoral começou a adoecer. No começo, erupções de pele, náuseas e bebés malformados. Então, com o tsunami de 2005, centenas de barris enferrujados e com vazamentos apareceram em diferentes pontos do litoral. Muita gente apresentou sintomas de contaminação por radiação e houve 300 mortes.


Quem conta é Ahmedou Ould-Abdallah, enviado da ONU à Somália: “Alguém está jogando lixo atómico no litoral da Somália. E chumbo e metais pesados, cádmio, mercúrio, encontram-se praticamente todos.” Parte do que se pode rastrear leva directamente a hospitais e indústrias europeias que, ao que tudo indica, entrega os resíduos tóxicos à Máfia, que se encarrega de “descarregá-los” e cobra barato. Quando perguntei a Ould-Abdallah o que os governos europeus estariam fazendo para combater esse “negócio”, ele suspirou: “Nada. Não há nem descontaminação, nem compensação nem prevenção”.


Ao mesmo tempo, outros navios europeus vivem de pilhar os mares da Somália, atacando uma das suas principais riquezas: pescado. A Europa já destruiu seus stocks naturais de pescado pela super-exploração e, agora está super-explorando os mares da Somália. Cada ano, saem de lá mais de 300 milhões de atum, camarão e lagosta; são roubados anualmente, por pesqueiros ilegais. Os pescadores locais tradicionais passam fome.


Mohammed Hussein, pescador que vive em Marka, cidade a 100 quilómetros ao sul de Mogadishu, declarou à Agência Reuters: “Se nada for feito, acabarão com todo o pescado de todo o litoral da Somália”.


Esse é o contexto do qual nasceram os “piratas” somalianos. São pescadores somalianos, que capturam barcos, como tentativa de assustar e dissuadir os grandes pesqueiros; ou, pelo menos como meio de extrair deles alguma espécie de compensação.


Os somalianos chamam-se “Guarda Costeira Voluntária da Somália”. A maioria dos somalianos os conhecem sob essa designação. [Matéria importante sobre isso, em The Armada is not the solution”.] Pesquisa divulgada pelo site somaliano independente WardheerNews informa que 70% dos somalianos aprovam firmemente a pirataria como forma de defesa nacional”.


Claro que nada justifica a prática de fazer reféns. Claro, também, que há gangsters misturados nessa luta – por expemplo, os que assaltaram os carregamentos de comida do World Food Programme. Mas em entrevista por telefone, um dos lideres dos piratas, Segule Ali disse: “Não somos bandidos do mar. Bandidos do mar são os pesqueiros clandestinos que saqueiam nosso peixe.” William Scott entenderia perfeitamente.


Porque os europeus supõem que os somalianos deveriam deixar-se matar de fome passivamente pelas praias, afogados no lixo tóxico europeu, e assistir passivamente os pesqueiros europeus (entre outros) que pescam o peixe que, depois, os europeus comem elegantemente nos restaurantes de Londres, Paris ou Roma? A Europa nada fez, por muito tempo. Mas quando alguns pescadores reagiram e intrometeram-se no caminho pelo qual passa 20% do petróleo do mundo. . . imediatamente a Europa despachou para lá os seus navios de guerra.


A história da guerra contra a pirataria em 2009 está muito mais claramente narrada por outro pirata, que viveu e morreu no século 4 aC. Foi preso e levado à presença de Alexandre, o Grande, que lhe perguntou “o que pretendia, fazendo-se de senhor dos mares.” O pirata riu e respondeu: “O mesmo que você, fazendo-se senhor das terras; mas, porque meu navio é pequeno, sou chamado ladrão; e você, que comanda uma grande frota, é chamado imperador.”


Também faz-nos lembrar da maneira como os Portugueses contaram a história dos Marakkars de Calecute na Índia.


Hoje, outra vez, a grande frota europeia lança-se ao mar, rumo à Somália – mas. . quem é o ladrão?

18 abril, 2009

Associativismo e identidade moçambicana


A Professora Olga Iglésias defendeu ontem, dia 17 de Abril, na Universidade Nova de Lisboa a sua tese de doutoramento em que estudou durante mais de duas décadas o associativismo ligado à luta da independência de Moçambique.
"É um motivo de orgulho para o curso de História que tem beneficiado das diligências da Professora Olga como docente, investigadora e animadora do Núcleo Lusófono da História" - afirma o Coordenador do Curso de História na Universidade Lusófona de Lisboa, o Prof. Doutor Teotónio R. de Souza.
A Prof. Doutora Olga Iglésias vai continuar as suas investigações, integradas na linha de Africanologia, na ULHT, sobre o associativismo islâmico em Moçambique.

16 abril, 2009

Apostar no Presente! mas até ver

Os filhos do Delegado

Conheci o Carlão (nome fictício, porque não me lembro dele, não tanto para salvaguardar a sua identidade) no Recife, num fast-food brasileiro que ficava aberto pela noite dentro. Era irmão de um amigo meu. Grande, sem um dente na frente, mas com aparelho ortodontológico (credo!), gordão, cabelo rapado, feições negras, Carlão era taxista, tal como o irmão. Sorria para mim, sabia quem eu era. O irmão já lhe havia contado das nossas noitadas nos night-clubes do Recife, atoladas de caipirinha, Wisky, rodeados de mulheres lindas, interesseiras.Morto há largos anos o patriarca da família, um valente delegado do Recife, com fama interestadual feita à custa das balas justiceiras, a família ficara um tanto ou quanto desamparada, sem referências, futuro precário. A ambição de procurar mais e melhor fê-los potenciais emigrantes. O sonho americano (dos EUA) e europeu era assunto diário, no pequeno apartamento onde tantas vezes estive. A vida ali seria melhor. A mãe tentou, em vão, duas vezes o consulado americano no Recife: documentos sem fim, comprovativos de emprego fixo e rentável, conta no banco choruda, entre outros. A corajosa senhora, ainda nova e antiga bem-sucedida empresária de produtos de beleza multinacionais, não desesperava. Incentivou talvez os filhos, ainda novos e "com bom corpo para trabalhar".Carlão vendeu um dia o taxi e sabe-se mais lá o quê. Arriscou pagar uma viagem que o levaria para os states, por vias ilegais. Recife-São Paulo, São Paulo-Cidade do México, e daqui para Monterrey ou outra qualquer cidade mais juntinha à fronteira. Estiradas só existem para quem não sonha e não quer. Carlão conseguiu. Passou a fronteira, ludibrou as autoridades. Consta que está bem, já comprou um apartamento no Recife com dólares, que doutra maneira só em sonho.O meu amigo, esse, chegou um dia mais tarde a Portugal. Fui esperá-lo ao aeroporto. A carteira apinhada de cartões de crédito, a conta a zero. Vinha de blazer azul, calça de ganga e sandália (ridiculamente espectacular ou espectacularmente ridículo). Disse ao Serviço de Estrangeiros e Fronteiras que no Brasil era micro-empresário no ramo automóvel (de facto não mentiu-era taxista no Recife), que vinha em férias. Deixaram-no entrar e nunca mais de cá saiu.
Amiiigoooo, boa sorte!
[salvaguardados os direitos do autor] Araujo Pedro <pedroaraujo68@gmail.com>

Conservação de manuscritos na India antiga

Está disponivel em linha a revista de história do Estado indiano de Orissa. Clique no título para aceder ao vol.XLVII, n. 3 da revista em que se pode ler, além de outros textos de grande interesse, também acerca dos processos utilizados para a conservação de livros e manuscritos na Índia. O clima tropical com a humidade e bicharada em abundância, este foi um grande desafio para a transmissão de conhecimentos. Foi por esta mesma razão que na India antiga a transmissão oral foi transformada em missão sagrada dos brâmanes. Desenvolveram-se métodos mnemónicos extraordinários para garantir uma transmissão fiel.

09 abril, 2009

Biblioteca digital de Aceh

Aceh, na parte ocidental de Sumatra, foi o centro de resistência indónesia à presença colonial, tanto holandesa, como anteriormente, à portuguesa. Clique aqui para ler mais sobre a ligação histórica entre Portugal e Aceh. Até muito recentemente opos-se à dominação da Java na Indonesia independente. Foi sempre um centro importante da cultura islâmica, e por esta razão a sua documentação digitalizada que sobreviveu ao tsunamai de há poucos anos é uma fonte valiosa para os estudos da região. O projecto que digitalizou já 600 obras foi financiando pelo governo holandês e pelo Instituto Real do Sudeste Asiático e de Estudos das Caraíbas (KITLV) de Leiden.
Veja por exemplo esta colecção das crónicas malaias:
http://www.acehbooks.org/search/detail/1371?
Teotonio R. de Souza

03 abril, 2009

Património artistico português em Goa


O Professor Doutor Vitor Serrão relatou na Faculdade de Belas Artes de Lisboa as suas descobertas sobre o património artístico no mosteiro de Santa Mónica em Goa durante a sua primeira visita de investigação para aquela capital do antigo Estado da Índia.
Ler mais.....