No passado sábado dia 9 de Outubro, a turma do 3.º ano do curso de História, acompanhada por alguns colegas do 2.º ano, efectuou mais uma jornada de trabalho no âmbito da Cadeira de História da Arte e Património, que contou com o apoio do Núcleo Lusófono da História. A parte da manhã foi dedicada a uma visita ao Cemitério dos Prazeres. Guiados pela Sra. Prof. Dra. Ana Cristina Martins, docente da respectiva cadeira e pelo nosso companheiro Vítor Escudero, pudemos desfrutar “in loco” de uma excelente aula sobre arquitectura tumular. Vimos como se combinam por todo o local os mais diversos estilos da arquitectura contemporânea; do Neoclacissismo, ao Romantismo passando pelo Neogótico, entre muitos outros. Como já é hábito os comentários do Vítor foram acompanhados de uma leitura heráldica de alguns dos jazigos.
Situado na Freguesia dos Prazeres, o cemitério é o maior de toda a capital, e foi construído em 1833, após um surto de cólera ter afectado a cidade. De lembrar que o cemitério surge na sequência da lei que proibiu os sepultamentos nas igrejas e capelas. Daí nasceu o hábito dos jazigos que não são mais que capelas em miniatura. De referir que o local constitui de igual modo um verdadeiro museu ao ar livre e panteão das grandes figuras nacionais da época contemporânea, tendo em evidência o enorme jazigo da família Palmela, que é o maior jazigo particular de toda a Europa.
Depois de um reconfortante almoço, a parte da tarde foi dedicada à visita da Colecção Berardo patente no Centro Cultural de Belém. À semelhança da visita da manhã, esta constitui, também, uma belíssima aula de arte contemporânea, foi ma grande ajuda para compreender certos aspectos da arte que se pratica nos nossos dias.
Paulo Medeiros