Começo por afirmar que não gosto de George W. Bush. Na minha humilde opinião, foi o presidente mais bronco que os americanos já elegeram.
Devo dizer também que penso que a invasão do Iraque foi um tremendo erro estratégico, equivalente a dar um pontapé num vespeiro. Uma vitória militar fácil em guerra convencional, transformou-se num pesadelo de contra-guerrilha.
Todavia sou forçado a concordar com Bush quando este refere que os EUA não podem simplesmente abandonar o Iraque à sua sorte. Têm de acabar o que começaram.
Para sairem de lá, têm forçosamente que derrotar os extremistas e pacificar o país (seja uma pax americana ou outra qualquer), pois o contrário, além da admissão de uma derrota humilhante, seria um convite à expansão sem entraves da actividade dos radicais islâmicos personificada pela Al-Qaeda.
E não se iludam aqueles que vêem na derrota dos EUA uma boa notícia.
Se os radicais se apanham com campo livre para actuar, todo o ocidente, com as suas virtudes e os seus muitos defeitos, estará em perigo, pois eles não descansarão enquanto não fizerem regredir a civilização para o séc. XIII. Nem que para isso tenham que abater gente inocente aos milhares de cada vez, até instituírem a sua visão retrógada e preconceituosa do mundo.
Aí, os que actualmente defendem piedosamente o direito ao extremismo e vislumbram conspirações americanas por toda a parte, poderão dizer adeus à liberdade de criticar, de ser, de estar, de pensar, pois tudo passará a ter os ditâmes do Alcorão, tal como interpretados pelos mullah's. Ou seja, será o renascimento do Santo Ofício em versão islâmica.
E pensar que o Islão é uma religião de paz e harmonia.
28 agosto, 2006
24 agosto, 2006
O mundo está perigoso!
Tivemos recentemente notícia de que a Síria encararia como um acto hostil a colocação de forças internacionais em território libanês junto à sua fronteira.
Claaaro! Assim deixariam de poder reequipar o Hizballah e ficaria à vista até das mentes mais ingénuas um dos instigadores da instabilidade na região.
Na semana passada a polícia inglesa abortou um megaplano terrorista em iminente estado de execução, que teria como resultado a explosão em pleno vôo de mais de uma dezena de aviões de e para os Estados Unidos. E, é preciso não esquecer, milhares e milhares de vítimas inocentes, entre passageiros e pessoas que levassem com os destroços em cima.
Naturalmente que surgem as comparações apressadas com os civis mortos no Líbano, que, sem dúvida, não serão menos inocentes.
Há, porém, uma diferença substancial. Enquanto que no Líbano o Hizballah, deliberadamente, se misturou com a população, construindo os seus bunkers em áreas residenciais disfarçados de blocos de apartamentos, lançando os seus katiusha a partir dos bairros libaneses, na Europa as potenciais vítimas seriam pessoas que simplesmente estariam a deslocar-se do ponto A para o ponto B.
"O mesmo aconteceu no Líbano!", poderão dizer e com razão. Mas isso só amplifica a responsabilidade dos terroristas pelo horror a que sujeitam as populações que, muitas vezes sem hipótese de escolha, os albergam no seu seio. Horror esse que planeiam exportar culpando a prosperidade ocidental pelas insuficiências e frustrações dos seus países. Esquecendo convenientemente que são parte do problema; não vendo ou não querendo ver que a Europa só se tornou próspera depois de duas guerras mundiais, quando finalmente tomou consciência da importância da paz; pretendendo reduzir o mundo ao mínimo denominador comum: a miséria.
Se em vez de dedicarem um ódio visceral ao Ocidente, canalizassem as energias para a melhoria das condições de vida nos seus próprios países, certamente que o mundo deixaria de ser tão perigoso.
Claaaro! Assim deixariam de poder reequipar o Hizballah e ficaria à vista até das mentes mais ingénuas um dos instigadores da instabilidade na região.
Na semana passada a polícia inglesa abortou um megaplano terrorista em iminente estado de execução, que teria como resultado a explosão em pleno vôo de mais de uma dezena de aviões de e para os Estados Unidos. E, é preciso não esquecer, milhares e milhares de vítimas inocentes, entre passageiros e pessoas que levassem com os destroços em cima.
Naturalmente que surgem as comparações apressadas com os civis mortos no Líbano, que, sem dúvida, não serão menos inocentes.
Há, porém, uma diferença substancial. Enquanto que no Líbano o Hizballah, deliberadamente, se misturou com a população, construindo os seus bunkers em áreas residenciais disfarçados de blocos de apartamentos, lançando os seus katiusha a partir dos bairros libaneses, na Europa as potenciais vítimas seriam pessoas que simplesmente estariam a deslocar-se do ponto A para o ponto B.
"O mesmo aconteceu no Líbano!", poderão dizer e com razão. Mas isso só amplifica a responsabilidade dos terroristas pelo horror a que sujeitam as populações que, muitas vezes sem hipótese de escolha, os albergam no seu seio. Horror esse que planeiam exportar culpando a prosperidade ocidental pelas insuficiências e frustrações dos seus países. Esquecendo convenientemente que são parte do problema; não vendo ou não querendo ver que a Europa só se tornou próspera depois de duas guerras mundiais, quando finalmente tomou consciência da importância da paz; pretendendo reduzir o mundo ao mínimo denominador comum: a miséria.
Se em vez de dedicarem um ódio visceral ao Ocidente, canalizassem as energias para a melhoria das condições de vida nos seus próprios países, certamente que o mundo deixaria de ser tão perigoso.
22 agosto, 2006
Vitória?!
"Vitória!", gritou o Hizballah.
"Vitória!", aplaudiu a Síria.
"Vitória!", congratulou-se o Irão.
Que raio - penso eu -, será que me escapou alguma coisa?
Pontes e estradas destruídas, casas arrasadas, escombros por toda a parte, famílias chorando os seus mortos, a economia libanesa abalada...
Não, o cenário de destruição é real.
Então, mas afinal que ganharam os radicais?
Tiveram uma vitória moral, ao sobreviverem e aguentarem a ofensiva israelita. Conseguiram, mais uma vez, intoxicar a opinião pública fazendo-se passar por vítimas e deixando que Israel ficasse, mais uma vez, como o "lobo mau" da história.
E agora, com a maior desfaçatez, inquirem junto da população libanesa sobre os prejuízos que tiveram e registam-nos prometendo compensação. Claro que para isso, como já afirmaram, terão necessidade da ajuda da comunidade internacional, essa mesma comunidade internacional contra a qual vociferam por, no seu iluminado entendimento, considerarem que apoia a causa do jurado inimigo judeu.
Além disso, e aqui é um comentário meu, os 400 milhões de euros do seu orçamento têm de ser aplicados no rearmamento, para que possam reeditar oportunamente toda esta farsa...
"Vitória!", aplaudiu a Síria.
"Vitória!", congratulou-se o Irão.
Que raio - penso eu -, será que me escapou alguma coisa?
Pontes e estradas destruídas, casas arrasadas, escombros por toda a parte, famílias chorando os seus mortos, a economia libanesa abalada...
Não, o cenário de destruição é real.
Então, mas afinal que ganharam os radicais?
Tiveram uma vitória moral, ao sobreviverem e aguentarem a ofensiva israelita. Conseguiram, mais uma vez, intoxicar a opinião pública fazendo-se passar por vítimas e deixando que Israel ficasse, mais uma vez, como o "lobo mau" da história.
E agora, com a maior desfaçatez, inquirem junto da população libanesa sobre os prejuízos que tiveram e registam-nos prometendo compensação. Claro que para isso, como já afirmaram, terão necessidade da ajuda da comunidade internacional, essa mesma comunidade internacional contra a qual vociferam por, no seu iluminado entendimento, considerarem que apoia a causa do jurado inimigo judeu.
Além disso, e aqui é um comentário meu, os 400 milhões de euros do seu orçamento têm de ser aplicados no rearmamento, para que possam reeditar oportunamente toda esta farsa...
07 agosto, 2006
Assim o Hizballah ganha sempre...
Para que conste, Israel retirou do Líbano em 2000 na sequência de uma resolução das Nações Unidas, a qual preconizava também o desarmamento do Hizballah. Infelizmente, tal desarmamento não ocorreu, antes pelo contrário, e hoje temos um exército terrorista treinado, equipado e financiado pela Síria e pelo Irão que actua a partir do Líbano com o fim único e último de proceder à destruição de Israel, por quaisquer meios ao seu alcance.
De facto, o problema de fundo no Médio Oriente é só um: a existência de Israel.
Qual espinho cravado na garganta do mundo árabe, o estado judaico insiste em sobreviver contra tudo e contra todos, literalmente desde a sua fundação. A actual violência no Líbano é só mais um episódio negro deste conflito que opõe muçulmanos a judeus e do qual não é possível antever o fim.
Há, todavia, alguns factos a salientar. Se é verdade que as baixas civis são sempre um corolário trágico das acções de guerra, o qual é duplamente trágico quando as vítimas são crianças, não é menos certo que o "Partido de Deus" não tem quaisquer escrúpulos em lançar os seus ataques a partir de áreas habitacionais, usando a população civil como escudos humanos para apararem a previsível retaliação israelita que visa a destruição das baterias de mísseis, as quais, por serem móveis, o Hizballah tem o cuidado de fazer desaparecer dali uma vez cumprida a sua função. Perante o mais que compreensível desespero das populações que vêem as suas vidas arruinadas, os radicais aproveitam para o manipular em seu favor, acirrando ânimos e granjeando assim uma aura de libertadores que lhes providenciará mais e mais fervorosos adeptos.
No mundo ocidental, sucedem-se as manifestações que, fazendo vista grossa a esta lógica perversa, apenas vêem um lado: o dos sanguinários judeus, bandidos-que-sem-qualquer-motivo-se-entretêm-a-massacrar-civis-indefesos. O ponto de vista dos governos das potências ocidentais, ainda que mais civilizado, não é muito diferente: sucedem-se as condenações das vítimas civis e tarda o assumir de responsabilidades pela inacção e/ou ingerência que ao longo de décadas, conforme as conveniências geopolíticas, foram alimentando a instabilidade no Médio Oriente.
Claro que Israel tem a sua quota-parte de culpas no conflito israelo-palestiniano, mas não tem o exclusivo nem o actual estado de guerra no Líbano tem alguma coisa a ver com a Palestina, que parece curiosamente esquecida pelos radicais islâmicos. O que está a acontecer é tão somente uma luta pela hegemonia regional em que Síria e Irão pretendem conseguir através da instauração do terror de ambos os lados da fronteira libanesa aquilo que não conseguiram com as sucessivas guerras convencionais: destruir o estado judaico para se tornarem eles próprios os senhores da região. Provavelmente, depois de desaparecido o inimigo comum, passariam a lutar entre si, até que um deles conseguisse subjugar todos os outros, numa infindável espiral de violência em que mais uma vez os massacrados seriam os civis. É também curioso que todos os grupos islâmicos radicais se preocupem tanto em idolatrar os tempos áureos do Califado por volta do séc. XIII, esquecendo convenientemente que corresponderam a tempos de relativa paz e progresso material, pois era o mundo árabe que detinha as mais recentes inovações tecnológicas da época, beneficiando da Rota da Seda, enquanto que o Ocidente era um mundo atrasado e bárbaro.
Mas todas estas questões passam ao lado das mentes caridosas que apenas vêem um lado: o do anti-semitismo disfarçado de anti-americanismo. Porque não tenhamos ilusões: o grande crime é apenas o praticado por Israel ao atacar terroristas que se misturam com a população, regra geral depois de atacado; aqueles que se fazem explodir em autocarros cheios de gente ou que lançam centenas de mísseis matando indiscriminadamente judeus e árabes, adultos e crianças, em território israelita, são combatentes da liberdade...
É por tudo isto que os radicais islâmicos vão conseguindo cumprir facilmente a sua agenda político-militar de destruição.
De facto, o problema de fundo no Médio Oriente é só um: a existência de Israel.
Qual espinho cravado na garganta do mundo árabe, o estado judaico insiste em sobreviver contra tudo e contra todos, literalmente desde a sua fundação. A actual violência no Líbano é só mais um episódio negro deste conflito que opõe muçulmanos a judeus e do qual não é possível antever o fim.
Há, todavia, alguns factos a salientar. Se é verdade que as baixas civis são sempre um corolário trágico das acções de guerra, o qual é duplamente trágico quando as vítimas são crianças, não é menos certo que o "Partido de Deus" não tem quaisquer escrúpulos em lançar os seus ataques a partir de áreas habitacionais, usando a população civil como escudos humanos para apararem a previsível retaliação israelita que visa a destruição das baterias de mísseis, as quais, por serem móveis, o Hizballah tem o cuidado de fazer desaparecer dali uma vez cumprida a sua função. Perante o mais que compreensível desespero das populações que vêem as suas vidas arruinadas, os radicais aproveitam para o manipular em seu favor, acirrando ânimos e granjeando assim uma aura de libertadores que lhes providenciará mais e mais fervorosos adeptos.
No mundo ocidental, sucedem-se as manifestações que, fazendo vista grossa a esta lógica perversa, apenas vêem um lado: o dos sanguinários judeus, bandidos-que-sem-qualquer-motivo-se-entretêm-a-massacrar-civis-indefesos. O ponto de vista dos governos das potências ocidentais, ainda que mais civilizado, não é muito diferente: sucedem-se as condenações das vítimas civis e tarda o assumir de responsabilidades pela inacção e/ou ingerência que ao longo de décadas, conforme as conveniências geopolíticas, foram alimentando a instabilidade no Médio Oriente.
Claro que Israel tem a sua quota-parte de culpas no conflito israelo-palestiniano, mas não tem o exclusivo nem o actual estado de guerra no Líbano tem alguma coisa a ver com a Palestina, que parece curiosamente esquecida pelos radicais islâmicos. O que está a acontecer é tão somente uma luta pela hegemonia regional em que Síria e Irão pretendem conseguir através da instauração do terror de ambos os lados da fronteira libanesa aquilo que não conseguiram com as sucessivas guerras convencionais: destruir o estado judaico para se tornarem eles próprios os senhores da região. Provavelmente, depois de desaparecido o inimigo comum, passariam a lutar entre si, até que um deles conseguisse subjugar todos os outros, numa infindável espiral de violência em que mais uma vez os massacrados seriam os civis. É também curioso que todos os grupos islâmicos radicais se preocupem tanto em idolatrar os tempos áureos do Califado por volta do séc. XIII, esquecendo convenientemente que corresponderam a tempos de relativa paz e progresso material, pois era o mundo árabe que detinha as mais recentes inovações tecnológicas da época, beneficiando da Rota da Seda, enquanto que o Ocidente era um mundo atrasado e bárbaro.
Mas todas estas questões passam ao lado das mentes caridosas que apenas vêem um lado: o do anti-semitismo disfarçado de anti-americanismo. Porque não tenhamos ilusões: o grande crime é apenas o praticado por Israel ao atacar terroristas que se misturam com a população, regra geral depois de atacado; aqueles que se fazem explodir em autocarros cheios de gente ou que lançam centenas de mísseis matando indiscriminadamente judeus e árabes, adultos e crianças, em território israelita, são combatentes da liberdade...
É por tudo isto que os radicais islâmicos vão conseguindo cumprir facilmente a sua agenda político-militar de destruição.
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