28 agosto, 2006

Ainda o Médio Oriente

Começo por afirmar que não gosto de George W. Bush. Na minha humilde opinião, foi o presidente mais bronco que os americanos já elegeram.
Devo dizer também que penso que a invasão do Iraque foi um tremendo erro estratégico, equivalente a dar um pontapé num vespeiro. Uma vitória militar fácil em guerra convencional, transformou-se num pesadelo de contra-guerrilha.
Todavia sou forçado a concordar com Bush quando este refere que os EUA não podem simplesmente abandonar o Iraque à sua sorte. Têm de acabar o que começaram.
Para sairem de lá, têm forçosamente que derrotar os extremistas e pacificar o país (seja uma pax americana ou outra qualquer), pois o contrário, além da admissão de uma derrota humilhante, seria um convite à expansão sem entraves da actividade dos radicais islâmicos personificada pela Al-Qaeda.
E não se iludam aqueles que vêem na derrota dos EUA uma boa notícia.
Se os radicais se apanham com campo livre para actuar, todo o ocidente, com as suas virtudes e os seus muitos defeitos, estará em perigo, pois eles não descansarão enquanto não fizerem regredir a civilização para o séc. XIII. Nem que para isso tenham que abater gente inocente aos milhares de cada vez, até instituírem a sua visão retrógada e preconceituosa do mundo.
Aí, os que actualmente defendem piedosamente o direito ao extremismo e vislumbram conspirações americanas por toda a parte, poderão dizer adeus à liberdade de criticar, de ser, de estar, de pensar, pois tudo passará a ter os ditâmes do Alcorão, tal como interpretados pelos mullah's. Ou seja, será o renascimento do Santo Ofício em versão islâmica.
E pensar que o Islão é uma religião de paz e harmonia.

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