Depois dos cartoons de Maomé eis que o Islão foi novamente ofendido.
O Papa Bento XVI, quiçá intencionalmente, citou um diálogo ocorrido no séc. XII entre o imperador bizantino e um convidado persa em que o primeiro condenava o facto de Maomé propagar a fé através da espada, usando esse diálogo para ilustrar a situação actual.
Vamos por partes.
Sem dúvida que o Islão é uma religião de paz.
Sem dúvida que o Cristianismo também o é.
Sem dúvida que os radicais islâmicos massacram gente inocente em nome dessa mesma religião de paz.
Sem dúvida que os radicais cristãos também o fizeram e ainda fazem.
Se até aqui estão ao mesmo nível, cristãos e muçulmanos diferem num ponto essencial: os primeiros, graças à secularização da sociedade consequente da Revolução Francesa, conseguem ter a abertura de espírito suficiente para aceitarem críticas à sua fé. Por outro lado, os muçulmanos vêem em cada declaração menos favorável uma ofensa de morte às suas crenças.
Por muito que custe aos países islâmicos aceitar, É UM FACTO que o terrorismo a partir do 11 de Setembro se tornou islâmico, levado a cabo por indivíduos que julgam prestar um grande serviço a Allah matando aos milhares de cada vez.
O Ocidente não pode deixar de ter opinião sobre o Islão só porque o Islão não gosta. Se é verdade que se deve prezar a liberdade e o direito à existência segundo as suas crenças das populações muçulmanas, também é certo que a liberdade e o direito à existência de todos os outros como bem entendem não é de menor importância.
O respeito tem de ser mútuo. Só respeitando se pode ser respeitado.
22 setembro, 2006
Subscrever:
Enviar feedback (Atom)
Sem comentários:
Enviar um comentário