É uma análise das lógicas coloniais-imperiais portuguesas a partir de
nove memórias publicadas em Goa e em Portugal. São cinco os autores goeses e quatro portugueses. Qualquer delas já vem tarde para intervir e alterar o rumo.
São pós-visões do passado, e o pós-visionismo põe em risco a capacidade de captar a contemporaneidade dos processos que acompanharam as lógicas imperiais. Mas acho que podem ter algum valor positivo de apanhar as implicações destes processos a longo prazo.
As transições e a continuidade merecem ser levadas em conta para avaliar melhor os processos que nos interessam e que não podem ser estudados validamente somente na sua contemporaneidade e isolados do seu passado e do seu futuro.
É com esta perspectiva de “processos contemporâneos” que eu pensei em chamar a atenção para a utilidade das memórias “recém-publicadas” de alguns autores que participaram nesses processos. Quero deixar um caveat: São também armadilhas “montadas” e que nos podem distrair do verdadeiro caminho para a compreensão dos mesmos processos.
N.B. Será publicada em breve uma versão alargada desta análise em inglês, no número especial dedicado a “Parts of Asia“, da revista Portuguese Literary and Cultural Studies, coordenado por Cristiana Bastos, investigadora no ICS, Universidade de Lisboa. A nova versão inclui mais quatro mémorias, duas destas publicadas em Portugal e duas em Goa.
18 janeiro, 2009
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