19 julho, 2005

PORTUGAL

Um texto singelo que nos faça reflectir um pouco, nesta altura de férias, foi o que decidi escrever:
Que belo país é o meu. Mudou tanto nos últimos anos Portugal. E que boas são as suas estradas e que limpas são as suas ruas. E a violência, apesar de tudo, não é um problema que não nos deixe dormir. Posso, em Lisboa, dormir com a pressiana entreaberta. A minha mãe pode deixar a sua casa de campo de fim de semana descansada, lá no norte. O risco de assalto existe, mas é tão pequeno que ela não pensa ainda montar um alarme nela.
Façam um esforço de memória e lembrem-se do nosso país há 20 anos. Agora comparem. O resultado é surpreendente, para quem, como eu, andou durante anos de terra em terra, acompanhando uma mãe professora que, ano após ano, era colocada cada vez mais próxima do Porto, o seu objectivo final. Assim, tive oportunidade de conhecer o país mais rural, o das vilas e cidades pequenas. Mais recentemente as cidades grandes.
O país já foi, sem dúvida, um terceiro mundista, pelo menos na Europa. Agora, digam o que disserem, não o é. Não estou a dizer que não há problemas estruturais em Portugal, longe de mim. Não estou a afirmar que tudo é belo e limpo e que não há gente em dificuldade, mas apenas que há melhorias que nos fazem sonhar com um Portugal ainda melhor, onde impere o civismo, uma palavra desconhecida em muitos países, e que começa a ter grande sentido entre nós. E onde, sobretudo, todos tenham as mesmas oportunidades.
Portugal tem passado e tem futuro.

2 comentários:

Rafael disse...

O México tem agora algo semelhante.
Nossa democracia melhora passo a passo. Mas nós não estamos em Europa, e nosso país é maior que o seu com mais problemas. Seu progresso nós da fé de que podemos melhorar no futuro. Podemos ter mais igualdade e oportunidades também.

Anónimo disse...

boas intenções?
Dizem-nos os jornais hoje que Portugal baixou de 27º para 23º país na ordem relativa de qualidade da vida nos últimos dois anos! Será que os Socialistas contribuíram para a diferença? Descer os santos ajudam! Devem ser santos os nossos socialistas! Não podemos comparar o presente com a pré-história ou com a proto-história salazarista para avaliar o nosso progresso!