Há dois anos, por altura da inauguração em Washington de Encompassing the Globe, Holland Cutter, do New York Times, descrevia Portugal como "uma faixa de terra a correr ao longo da margem atlântica de Espanha" e começava a sua crítica à exposição num tom de informalidade e despreocupação científica susceptível de arrepiar muitos especialistas europeus. Com estas palavras: "Um facto pouco conhecido: uma versão da Internet foi inventada em Portugal há 500 anos por um punhado de marinheiros com nomes como Pedro, Vasco e Bartolomeu. A tecnologia era primária. As ligações eram instáveis. O tempo de resposta era glacial. (Uma mensagem enviada nesta rede poderia levar um ano a chegar.) Eles aguentaram tudo isso. Estavam ansiosos por aceder ao mundo."
Cutter, que em Abril último ganhou um Pulitzer, referia-se assim às vias de informação e miscigenação que os Descobrimentos portugueses criaram, com dados sobre cada uma das novas regiões e populações a passar por vezes de nau em nau e a chegar à Europa na forma de relatos, desenhos, pinturas e objectos, mas também animais e matérias-primas até então desconhecidos e recebidos como extraordinários naquele que acabaria por ganhar o cognome de Velho Continente. Uma boa analogia.
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16 julho, 2009
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