03 outubro, 2008

neo-liberalismo ou bordel financeiro?

Desde a segunda metade do século findo, o capital internacional representado por uma centena ou pouco mais de maiores corporações se utilizou do Fundo Monetário Internacional, do Banco Mundial e da Organização Mundial do Comércio para impor a todos os países do hemisfério sul a chamada política neoliberal. Essa política neoliberal não teve outro papel do que destruir as economias nacionais, submetê-las à lógica dos interesses das grandes corporações e diminuir o poder de intervenção dos Estados nacionais. O resultado das políticas de neoliberalismo: as economias periféricas quebraram e as condições de vida para os povos do Sul pioraram. Apenas uns 10 por cento da população de cada país se locupletou, como capatazes desse bordel financeiro. A regulamentação das instituições deixou-se ao chamado “mercado”, que mais não era do que as mesmas corporações e as suas especulações que encheram as suas carteiras com lucros produzidos “ex nihilo”. Os seus capatazes, ou seja os políticos “democraticamente” eleitos pelos seus meios de comunicação conseguiram deixar muitos dos seus pobres eleitores a arriscar as suas vidas para vender a quimera de democracia ao Afeganistão, Iraque, Kosovo, etc. Para o cúmulo de desgraça os pobres são agora chamados para cumprir a obrigação nacional de investir os seus magros fundos de pensões para resgatar um sistema financeiro que os defraudou ao longo dos tempos! Pode não tardar o momento de “quousque abuteris…” para alguns representantes mais ousados, mas obviamente “terroristas” para as autoridades “democraticamente” em poder, exigir cabeças dos executivos da Wall St. para a guilhotina!

O que começou como a crise de crédito está a revelar-se para quem tem olhos para ver como uma consequência natural de um sistema político neoliberal com capitais e mídia falsificados para impor democracia! Não vai fazer muita diferença se é McCain ou Obama a gerir o bordel. Mas com certeza não será o terrorismo global atribuído a Al-Qaeda que vai matar mais inocentes!

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