20 dezembro, 2011
V SEMINÁRIO IBÉRICO DE HERÁLDICA E CIÊNCIAS DA HISTÓRIA
Numa co-organização das Secções de História do Património e da Ciência e de Genealogia, Heráldica e Falerística da Linha de Investigação História, Memória eSociedade do CPES – Centro de Pesquisa e Estudos Sociais; do Departamento de História, da Faculdade de Ciências Sociais e Humanas; do Semináriode Genealogia e Heráldica da Universidade Lusófona de Humanidades eTecnologias; e, da Academia Internacional de Heráldica (Delegação de Portugal),esta jornada científica constituiu um grande êxito de intercâmbio deconhecimentos e saberes, a par da abertura de novas perspectivas derelacionamento entre investigadores espanhóis e portugueses nesta área das ciências da História.
Nesta V Edição do Seminário Ibérico,acolhida uma vez mais pela ULHT, foi muito grato receber uma dezena deInvestigadores espanhóis que representavam a Universidade de Sevilha, aUniversidade de Huelva e várias Academias e Instituições Culturais do nossopaís vizinho e irmão.
Para lá do almoço e do jantar-tertúlia,onde se prolongaram os laços de convívio ibérico, a sessão de trabalhos contoucom a apresentação das programadas comunicações dos Investigadores Fernando deArtacho, José Colaço, Alberto Germán, Vítor Escudero, Segismundo Pinto e AnaCristina Martins e, ainda, com a comunicação extra programa de Francisco de Mendia Vassalo.
No final dos trabalhos foram emitidos eentregues Certificados de Presençaaos mais de cinquenta participantes que, com grande interesse e valiosas intervenções, estiveram presentes em todos os trabalhos e foi, ainda, anunciadoo II Troféu Ibérico de Heráldicaque este ano premiou e distinguiu a Obra, a Trajectória e os Méritos do ProfessorArquitecto Segismundo Ramires Pinto, Presidente da Academia Portuguesa deEx-Líbris e Presidente da Academia Lusitana de Heráldica.
A Coordenação Científica dos Trabalhosesteve a cargo da Professora Doutora Ana Cristina Martins e do InvestigadorVítor Escudero, ambos dos CPES e teve a Presidência da Cerimónia de Abertura eEncerramento dos Trabalhos a cargo do Professor Doutor Teotónio R. de Souza,Director do Departamento de História da FCSH da ULHT.
O próximo Seminário Ibérico de Heráldica e Ciências da História, na sua VI Edição, será organizado em Sevilha, Espanha,durante o próximo ano de 2012.
20 novembro, 2011
Visita de estudo às Linhas de Torres
O Curso de História da Universidade Lusófona organizou no dia 19 de Novembro de 2011 uma visita de estudo ao museu da câmara municipal de Torres Vedras e algumas fortificações vizinhas (Forte de S. Vicente e Forte do Grilo, em dois lados do Sizandro) acompanhados pelo Dr Paulo Ferreira.
Tivemos a oportunidade de ver no museu da câmara alguns achados pré-históricos. Vimos muito material ainda encaixotado do projecto que está em curso.
Não podemos no entanto esquecer o antigo prior do convento de Graça em que o museu se abriga. Nos corredores do claustro veem-se os azulejos com cenas da vida e feitos de Fr. D. Aleixo de Menezes que foi o fundador do convento de Santa Mónica em Goa (o primeiro mosteiro das freiras na Ásia onde agora funciona o museu da arquidiocese de Goa e o instituto Mater Dei para a formação contínua de freiras de toda a Índia). Foi também o arcebispo que causou cisma entre os cristãos de S. Tomé por querer forçá-los a aceitarem a jurisdição do Padroado portugês quando organizou o Sínodo de Diamper em 1599, um marco histórico na história do cristianismo na Índia.
11 novembro, 2011
22 agosto, 2011
Vaga democrática na Índia?
08 julho, 2011
Defesas de monografias / relatórios de estágio
Finalistas do Curso de História (2008-2011)
11 junho, 2011
QR da Licenciatura em História (Universidade Lusófona)
É assim que se tenta chegar aos mais interessados na Licenciatura em História na era das tecnologias. É aposta nas novas competências e técnicas inovadoras que CLIO pode utilizar! Todos os telemóveis que não sejam da geração dos avós terão a funcionalidade de ler o código de barras que permite descodificar o quadradinho acima.
05 junho, 2011
Cerimónia e Jantar de Finalistas - 4 de Junho de 2011
A seguir ao Porto de Honra acompanhado por deliciosos doces, dirigimo-nos para a escadaria da Basílica para se fazer uma foto de família académica.
Seguimos para a cerimónia da Benção das Fitas, uma Missa na Basílica que começou às 18h 15, houve cortejo académico incorporado no cortejo litúrgico e a missa foi presidida pelo Cónego Armando Duarte.
O facto de podermos participar todos nesta festa fez com que sentíssemos um grande espírito de fraternidade e de união mais uma vez vividas entre os presentes.
Fátima Santos
Delegada da turma do 1º Ano
21 maio, 2011
Benção dos Finalistas e Queima do Cheque 2011
Vemos nas imagens os nossos licenciandos finalistas do Curso de História, Deolinda Mendes e Higino Marçal a queimarem os cheques no caldeirão e a fazerem brinde no evento conclusivo solene do ano lectivo 2010-2011.
Na página 22 do livrito de mensagens dos directores dos cursos para os finalistas escreve Prof. Doutor Teotónio R. de Souza, Director do Curso de História: "Os licenciandos finalistas de 2010-2011 foram uma turma mais activa e criativa do Curso de História desde a abertura do curso em 1999-2000.
Para além da rotina académica a que os alunos estão sempre sujeitos, estes finalistas criaram o Núcleo Lusófono da História que se cumpriu fiel aos objetivos do Núcleo, criando pontes entre o Curso e a Sociedade envolvente, dentro e fora da Universidade.
Faço votos para que a inspiração e a acção destes finalistas encontre reflexo nas outras turms do Curso de História e outros Cursos da Faculdade de Ciências Sociais e Humanas".
Na Missa de benção dos finalistas o Pe. Feytor Pinto explicou o sentido profundo da Queima do Cheque como representando a disponibilidade dos graduados para sacrificar e colocar os seus talentos ao serviço da comunidade, e não utilizar a formação somente para benefício pessoal e aproveitamento egoísta.
Clique no cabeçalho para ver e ouvir o ambiente festivo.
A Floresta para Todos
Realizou-se no dia 19 de Maio o 2º seminário de História do Património e da Ciência com participação de investigadores oradores e especialistas na temática.
O seminário foi uma iniciativa do grupo «História, Memória e Sociedade» do Curso de História da Universidade Lusófona de Lisboa, e integrado no Centro de Pesquisa e Estudos Sociais (CPES) da Faculdade de Ciênciais Sociais e Humanas da mesma Universidade.
A Professora Doutora Ana Cristina Martins, professora de História da Arte e de Património no curso de História (Universidade Lusófona) foi a coordenadora científica do evento.
29 abril, 2011
18 abril, 2011
As Universidades de Investigação: O seu passado, presente e futuro
Clicar no título acima para ler o artigo inteiro.
06 abril, 2011
ORDEM CONSTANTINIANA REUNE ESPECIALISTAS IBÉRICOS NA LUSÓFONA
Realizou-se no passado Sábado, dia 26 de Março, no Auditório Armando Guebuza, da Universidade Lusófona de Humanidades e Tecnologias, no Campus Universitário do Campo Grande, em Lisboa mais um dos tradicionais Seminários de Estudos Temáticos, desta feita co-organizado pela Secção de Genealogia, Heráldica e Falerística e pela Secção de História do Património e da Ciência, da Linha de Investigação HISTÓRIA, MEMÓRIA E SOCIEDADE do CPES - Centro de Pesquisa e Estudos Sociais e, ainda, pelo Curso de História e Núcleo Lusófono da História, da Faculdade de Ciências Sociais e Humanas da Universidade Lusófona de Humanidades e Tecnologias, com o Apoio da Delegação de Portugal da Academia Internacional de Heráldica e da Fundação SOUSA PEDRO.
Do programa fizeram parte as seguintes comunicações: A Milícia Constantiniana num documento português, por Jorge de Matos; Membros da Dinastia Real Portuguesa distinguidos com Ordens da Casa Real das Duas-Sicílias, por José Colaço; Ex-líbris heráldicos com a insígnia da Sagrada e Militar Ordem Constantiniana de São Jorge, por Vítor Escudero; Direitos heráldicos dos Cavaleiros da Sagrada e Militar Ordem Constantiniana de São Jorge, por Segismundo Ramires Pinto; Cônsules e vice-cônsules das Duas-Sicílias em Portugal, por Lourenço Correia de Matos; e, O reencontro com a antiguidade clássica e a agenda bourbónica, por Ana Cristina Martins.
As Sessões de Abertura e Encerramento dos trabalhos, foram Presididas pela Professora Doutora Ana Cristina Martins, em representação do Director do Curso de História, Professor Doutor Teotónio R. de Souza e, no último painel, usaram da palavra os Doutor Amadeo-Martín Rey, Vice Grande Auditor da Ordem Constantiniana, que veio de propósito de Madrid, para presenciar e participar nos trabalhos, e o Mestre Filipe Mendonça, Delegado da Ordem em Portugal.
Os trabalhos que se prolongaram, entre as 15 e as 19 horas, foram muito participados, já que se contabilizaram mais de quarenta presenças, sobretudo com a activa inscrição de muitos Alunos da Licenciatura de História. No final foram emitidos e distribuídos certificados de presença.
16 março, 2011
História das Crises - XI Oficina de História
13 março, 2011
Falerística, uma ciência ainda por desenvolver
O Curso de História na Universidade Lusófona, Av. Campo Grande, 376 (Lisboa) acaba de organizar a 3ª edição do Seminário de Introdução á Genealogia e Heráldica» sob a coordenação do Professor Benito Martinez [Foto acima de alguns participantes na aula de 13 de Março de 2011] e que decorreu em cinco Sábados, das 9.30 às 13.00 h.
20 fevereiro, 2011
Aniversário do Professor Teotónio
Encontravam-se na sala o Professor Benito, a Professora Ana Cristina Martins e a professora Gisélia Felício. Quero deixar um muito obrigada ao Carlos e a nossa estimada delegada Fátima Santos por terem aparecido.
Catarina
Núcleo Lusófono da História
https://cid-561db6b48da5b771.skydrive.live.com/redir.aspx?page=play&resid=561DB6B48DA5B771!523&authkey=tU07I2Rv5fA%24
14 fevereiro, 2011
As raízes
Reena Martins
for The Telegraph
History scholar Teotonio R. de Souza, who comes from the village Moirá, in North Goa, found that his paternal ancestors crossed southeast Europe, most likely central and southern Italy, Greece and Romania, on their way from Africa.
About 1,50,000 years ago, de Souza’s early paternal relatives had come out of Ethiopia, via Egypt, and crossed into Europe and Asia to reach India. One group, however, branched off into Turkey and Greece.
On a map, his ancestors from his mother’s side are seen stepping out of the northern tip of Africa, somewhere around Libya. Their route, marked by arrows, proceeded towards Egypt, Saudi Arabia and Pakistan.
One part of the group moved towards Mongolia, while the other entered India through the north, crossing over to Bengal. While one group reached Goa, others crossed the Indian Ocean and stopped in northern Australia.
26 janeiro, 2011
Vale a pena Apostar na História em Portugal?
23 janeiro, 2011
Identidade Goesa
http://bit.ly/ePO9rZ
Dr. Francisco Veres Machado apresentou em 21 de Janeiro no auditório Armando Gebeuza, o seu documentário que foi objecto de debate do painel presidido pelo Professor Doutor Teotónio R. de Souza, director do Curso de História da Universidade Lusófona, com participação dos Professores convidados,Doutores Rosa Maria Perez (ISCTE), Cristiana Bastos (ICS) e Cláudia Pereira (ISCTE).
O evento foi organizado pelo grupo de trabalho «História, Memória e Sociedade» da 1ª linha de investigação do CPES (Centro de Pesquisa e Estudos Sociais) da Universidade Lusófona.
20 janeiro, 2011
CHRISTIANITY IN HISTORY: ENCOUNTERS, ENGAGEMENTS AND EXPERIENCES IN INDIA AND SOUTH ASIA
Centre for Historical Studies, JNU, New Delhi, INDIA
Invites you to a Seminar on
Christianity in History: Encounters, Engagements and Experiences
Date: 2nd to 4th Feb, 2011
Venue: Committee Room, School of Social Sciences – 1
Day 1, Wednesday, 2nd Feb 2011, 09:30 to 10:15
Introductory address and Welcome: Prof. Tanika Sarkar
Chair: Prof. Kunal Chakrabarti, CHS/JNU
Keynote: Prof. Teotonio de Souza, Universidade Lusófona de Humanidades e Tecnologias (Lisboa) 'Christianity in Asia and its Historiography in the Postcolonial Context: A Review, and Challenges'
Session I: Class, caste and Christianity – 1, 10:20 – 12:00 pm
Chair: Prof Neeladri Bhattacharya, CHS/JNU
David Mosse, SOAS, London, The saint in the banyan tree: Christianity and caste society in south India .
Sanjay Joshi, Juliet Got it Wrong: Naming and the complications of identity among Christian converts in Kumaon, ca. 1850-1930
James Staples, Brunel University, ‘We are one caste, one disease, and one religion’: biographies of Christian conversion in a South Indian leprosy colony.
Tea: 12:00– 12:15
Session II: Class, caste and Christianity – 2, 12:15 – 01:30
Chair: Prof: M.S.S. Pandian, CHS/JNU
John C.B. Webster, New York, Dalit Christian History: Trends and Issues.
Shashi Joshi, IIAS, Shimla, On being a Christian And a Dalit.
Lunch: 01: 30 – 02:15
Session III: ‘Ethnic’ mobilization and Identity construction, 02:15 – 03: 30
Chair: Prof. John Webster, USA
Neena Mahadev, Johns Hopkins University, National, Transnational, or Anti-National?: Perceptions of Religious and National Belonging in the Varieties of Sri Lankan Christianities
Joy Pachuau, CHS/JNU, Christianity in Mizoram: an ethnography
Tea: 03:30 – 03:45
Session IV Heterogeneity in faith and praxis, 03: 45 – 05:00
Chair: Prof. Rajat Datta, CHS/JNU
Savio Abreu, IIT, Bombay, Christianity in Post-Colonial Goa: shifting religious, caste and gender equations and issues of identity
Mahesh Gopalan, St. Stephen’s, DU, The Protestant Catholic relations in the Southern Coromandel and the Fisheries Coast In the mid seventeenth century
Day 2, Thursday, 3rd Feb 2011
Session V: Roberto De Nobili and cultural dialogue, 09:30 -11:05
Chair: Prof Kunal Chakrabarti, CHS/JNU
Ines Zupanov, CNRS/CEIAS, Paris, ‘I am a great sinner’: Missionary dialogues in India, 16th-18th century
Margherita Trento, EHESS, Paris, Roberto de Nobili and the Sanskrit Language. A narrative between Christian faith and Hindu theology
Paulo Aranha, European University Institute, Florence - Warburg Institute, London, Beyond Roberto de Nobili: the first controversy on the Madurai mission from hagiography to context
Tea: 11: 05 – 11: 25
Session VI: Folk traditions and Popular Christianity, 11: 25 – 01: 30
Chair: Prof. Tanika Sarkar, CHS/JNU
Susan Visvanathan, CSSS/JNU, The legends of St. Thomas Christians and some later interpolations.
S. Karmegam, Research Scholar, SAA, JNU, Aho Vaarum! Nilakanda Pillaye, Vaarum! Devasahayam Pillai Cult, New Cultural Practices and Popular Catholicism of Colonial Tamilnadu
M. Christudoss, Research Scholar, Localising Christianity: Conscious Christians and Indigenisation of Christianity in the making in colonial South India.
B.L. Nongbri, John Roberts Theological Seminary, Shillong, Change and Continuity: An Analysis of the Interaction of Ka Niam Tynrai [Khasi Traditional Religion] with Christianity
Lunch 01: 30 -02: 30
Session VII: Local Voices and the expansion of Christianity - 1,
02: 30 - 03: 40
Chair: Prof. David Mosse
Lalsangkima, Asbury Theological Seminary, Kentucky, USA, ‘Assistants’ or ‘Leaders’?: the contribution of early Native Christian converts in Northeast India.
Anish, CHS/JNU, Itinerant Evangelists and the production of Social Spaces in Nineteenth Century Kerala
Tea: 03: 40- 04: 00
Session VIII: -2, Local Voices and the expansion of Christianity, 04:00-05:10
Chair: Prof. Bhagwan Josh
Jose Kalapura, St. Xavier’s College, Patna, Strategic Interventions for structural changes in a Christian community; a study of purposive action for community development.
Vibha Joshi, Max Planck Institute for the study of Religious and Ethnic Diversity, Goettingen, ‘The reverberative nature of the global network of Christianity with special reference to the Naga of Northeastern India'
Day 3, Friday, 4th Feb 2011
Session IX: Missionaries and images of the ‘other’ – 1, 10: 00 – 11:10
Chair: Prof. Radhika Singha, CHS/JNU
Paul Jenkins, Basel, Switzerland, A Lingayat initiative, the Basel Mission in northern Karnataka 1839-1840, and the potential for multi-lateral re-assessments of regional social history buried in the documentation of one Germanophone mission archive.
Sangeeta Dasgupta, CHS/JNU, From ‘Heathen aboriginals’ to ‘Christian tribals’: Locating the ‘Tribe’ in Missionary writings on Chotanagpur (1845-1900).
Tea: 11:10 – 11: 30
Session X: Missionaries and images of the ‘other’ – 2, 11: 30 – 12: 45
Chair: Prof Ines Zupanov, CNRS
John Thomas, CHS/JNU, Politics of gender, debates on caste: some reflections of a missionary novel in mid-19th century Travancore.
Christopher Harding, University of Edinburgh, From Mission to Dialogue? Fr. Bede Griffiths and Indian Christianity in the wake of Independence.
Lunch: 12:45 – 01:45
Session XI: The Inquisition: perceptions and reality, 01:45-03: 00
Chair: Prof. Teotonio de Souza
Pius Malekandathil, CHS/JNU, "Living Religion in Emotional Turbulence: A Study on the Religious Fluviality of New Christians of Cochin and the Inquisition".
Celia Tavares, Brazil, The “Santo Ofício de Goa”: working with a collection of documents of The National Library of Rio de Janeiro
Paulo Aranha, European University Institute, Florence - Warburg Institute, London, A Capuchin on trial: the process of the Goa Inquisition against Fr. Ephrem de Nevers (1650-1651)
Tea: 03:00 – 03:20
Summing Up Session: 03: 20 -
Prof. David Mosse, Prof. M.S.S. Pandian, Prof. Tanika Sarkar
Vote of Thanks: Pius Malekandathil
15 janeiro, 2011
Visita ao megalitismo alentejano
No dia 15 de Janeiro de 2011, os alunos do primeiro ano do curso de História da Universidade Lusófona de Humanidades e Tecnologias, juntamente com os Professores Paulo Mendes Pinto e Teótonio R. De Souza, realizaram uma visita de estudo a Évora com o objectivo de conhecer os principais monumentos da cidade e dos arredores que fazem parte da sua história.
Começámos, por visitar o Cromeleque dos Almendres, que se situa a alguns quilómetros de Évora e é considerado o monumento megalítico com maior importância da Península Ibérica e um dos de maior relevo de toda a Europa, devido à sua dimensão e ao seu estado de conservação. A construção do Cromeleque foi faseada, sendo a primeira no final do sexto milénio a.C e a última no terceiro milénio a.C. Nele destacam-se: a pedra fértil, a pedra altar, a pedra dos pontos cardeais, a pedra rosa, a pedra da Cara, a pedra principal (casamento, apresentando duas serpentes) e a pedra dos báculos.
A um quilómetro e meio do Cromeleque situa-se o Menir dos Cromeleques, que também visitámos, que data do início do Neolítico, e é uma pedra colocada verticalmente que possui dois metros de altura e mais do que está enterrado a fim de esta ficar estável. Acredita-se que para mover tal menir foram precisas dezenas de pessoas a trabalhar ao mesmo tempo.
Os historiadores e arqueólogos acreditam que este monumento e o anterior estão relacionados e que as pedras não estão colocadas ao acaso, pois estão viradas num plano directo para o sol, como se olhassem para o espaço, para o cosmos, simbolizando a fertilidade.
O Menir de Almendres ostenta no terço superior um báculo e uma faixa de linhas onduladas.
Já em Évora, conhecemos a Anta do Zambujeiro que é a maior anta da Península Ibérica e possivelmente da Europa. É um monumento megalítico construído entre 4000 e 3500 a.C e consiste numa única câmara de forma poligonal, utilizada no neolítico como um local de culto religioso e de enterro. A entrada estava marcada por um enorme menir, que actualmente está tombado. Possui uma mamoa, (com o formato aproximado de uma calote esférica) à volta com o fim de a proteger da erosão.
Actualmente é considerado Património de Interesse Nacional, pois glorifica a aptidão técnica e a complexidade da estrutura social das populações neolíticas que o edificaram.
Seguidamente fizemos uma pausa para almoçar no Hotel D.Fernando e depois dirigimo-nos para a Igreja de São Francisco, uma igreja de arquitectura manuelina, construída entre os séculos XV e XVI, existindo dúvidas sobre quem a construiu. Está profundamente ligada aos factos históricos que assinalaram o período de expansão marítima de Portugal, devido aos inúmeros símbolos que possui: desde a Cruz da Ordem de Cristo até aos emblemas dos reis fundadores – D. João II e D. Manuel I.
A Igreja possui uma sala do Capítulo e quatro capelas: a Capela-Mor, a Capela da Ordem Terceira, a Capela de São Joãozinho e a tão conhecida Capela dos Ossos.
A Capela dos Ossos foi construída no século XVI devido a uma iniciativa de três frades (da Ordem Franciscana) que pretendiam transmitir a mensagem da vida efémera. Era, por isso, um espaço de oração e meditação sobre a transitoriedade da vida humana. Possui oito pilares, que tal como as suas paredes, apresentam ossos e caveiras ligados através de cimento, provenientes dos cemitérios locais. A Capela era dedicada ao Senhor dos Passos, conhecido em Évora como Senhor Jesus da Casa dos Ossos.
Em frente ao altar, à direita, encontra-se o túmulo de mármore dos três franciscanos mais importantes deste convento. É de salientar ainda a frase escrita no pórtico da capela: “nós ossos que aqui estamos pelos vossos esperamos”. Prosseguimos, depois para a Igreja da Graça também denominada Convento de Nossa Senhora da Graça. Representa um monumento religioso renascentista muito importante, sendo considerado atualmente como Monumento Nacional e também como Património Mundial. Foi construída nos inícios do século XVI e o seu projecto foi realizado pelo arquitecto da Casa Real, Miguel de Arruda. Trata-se de um exemplo mais puro da arte renascentista em Portugal, apesar de ter sido transformado em Quartel no século XIX, perdendo-se muitos dos seus valores sumptuários incluindo os seus painéis de azulejo que caracterizavam cenas da vida de Santo Agostinho. Actualmente, é a capelina da Região Militar Sul, tendo sido já restaurada no século XX, daí que ainda se possa notar as linhas renascentistas que a tornam num dos mais sublimes monumentos. Fomos também à Basílica de Évora, mais conhecida por Catedral que foi construída entre os séculos XII e XIII e trata-se de um monumento que espelha a transição do estilo românico para o estilo gótico, apresentando três enormes naves. Posteriormente, entre os séculos XV e XVIII foi melhorada, recebendo em 1930 o título de Basílica Menor pelo Papa Pio XI.
Por último, visitamos o Templo de Diana construído no século I d.C no fórum de Évora e modificado nos dois séculos seguintes. Devido a uma lenda que nasceu no século XVII, associou-se o templo a uma deusa romana da caça, Diana, daí ser conhecido por Templo de Diana.
Todavia, sabe-se que o Templo foi construído em honra de Augusto, um imperador venerado como um deus durante todo o seu reinado e até mesmo após a sua morte. Será mais correcto designar simplesmente por Templo Romano, atualmente classificado como Património Mundial pela UNESCO.
É de salientar o fato de o templo se encontrar em ruínas, pois com a invasão dos povos germânicos no século V, foi destruído. Posteriormente, as ruínas do templo estiveram embutidas numa torre do Castelo de Évora desde a Idade Média até ao século XIX, quando os acréscimos medievais foram retirados e procedeu-se ao trabalho de restauração sob a orientação do arquitecto Giuseppe Cinatti.
O Templo original tinha uma base rectangular e catorze colunas ainda de pé apresentando maior parte delas. Os seus capitéis são do estilo coríntio feitos de mármore branco de Estremoz, ao contrário das colunas que são feitas de granito.
Após um longo dia dedicado ao conhecimento do legado da cidade de Évora, regressámos a Lisboa ao fim da tarde.
Ver as fotos da viagem aos cromeleques e aos menires de Almendres, bem como à anta grande de Zambujeiro e aos monumentos romanos e outros de Évora.