No âmbito da disciplina de Introdução à História (Curso de História, ULHT), foi elaborada uma visita de estudo ao Museu e Arquivo da Presidência da República, situado no Palácio de Belém, no dia 13 de Dezembro de 2008.
Recordando um pouco o passado deste Palácio ...
O Palácio de Belém, que é todo cor-de-rosa, fica situado no meio de grandes jardins e em frente ao rio Tejo, de salientar, que antigamente o rio tinha a margem mais próxima do que a actualidade. Este fabuloso jardim chama-se Jardim do Buxo.
Foi construído no séc. XVI, ano de 1559, pelo fidalgo D. Manuel de Portugal e, pertenceu a diferentes pessoas que o foram modificando ao longo dos tempos e de acordo com as suas necessidades.
No século XVIII, D. João V que enriquecera com o ouro proveniente do Brasil, comprou-o ao conde de Aveiras, tendo-o alterado radicalmente. Acrescentou-lhe uma escola de equitação (as cavalariças são hoje o esplêndido Museu Nacional dos Coches) e adaptou o interior para poder fazer as suas conquistas amorosas com discrição.
Com a Implantação da Republica o Palácio de Belém passa a ser a residência oficial do Chefe de Estado. É aqui que o Presidente tem o seu gabinete de trabalho e recebe várias pessoas da vida política, económica e social.
A entrada no palácio faz-se pela rampa do Pátio dos Bichos. Ao fundo do pátio encontra-se um muro com uma fonte e várias portas gradeadas que foram, em certa época, ocupadas por animais selvagens provenientes de África, esses animais eram oferecidos aos reis.
Na escada de acesso à Sala das Bicas podemos ver o pórtico de pedra e os vitrais das janelas posteriormente introduzidas. Esta sala chama-se assim por ter ao fundo duas bicas que deitam água para umas bacias de pedra. Possui bustos de jaspe representando imperadores romanos, um enorme lustre de bronze, reposteiros em cor escura com o escudo de D. João V e o tecto de madeira pintado.
Esta sala também dá acesso à zona reservada do Presidente, que se situa na parte mais antiga do Palácio.
Seguidamente, passámos ao corredor que serviu de Galeria dos Retratos dos anteriores Presidentes da República. Hoje, esses retratos pintados a óleo sobre tela, estão expostos no Museu da Presidência da República. Neste momento esta exposta bustos de imperadores romanos e alguns presépios em miniatura. Esta decoração data o séc. XVIII.
À direita da Sala das Bicas fica a Sala de Jantar construída no século XVI por D. Manuel de Portugal. Houve um período (1980-1985) em que esta sala serviu de museu expondo os presentes oferecidos ao Presidente Ramalho Eanes. Posteriormente voltou à sua função de sala de refeições para convidados.
A Sala Dourada comunica com o primeiro dos três salões da zona nobre do Palácio - concebido no tempo de D. Manuel de Portugal. O sumptuoso tecto da Sala Dourada foi executado no século XVIII, tem uma pintura central alegórica e quatro medalhões nas quadras, rodeados de uma profusão de ornatos de talha dourada. Nela pudemos observar uma peça de museu fascinante – Relógio de Auguste Moreau ( Francês).
Por trás da Sala Dourada existe uma pequena capela onde foram baptizados o Rei D. Manuel II e o seu irmão, o príncipe Luís Filipe, e, ainda, Miguel, o segundo filho do Presidente Ramalho Eanes. Neste momento estão expostos 8 quadros pintados a pastel da autora Paula Rego, retratando os momentos mais importantes da vida da Virgem Maria.
Continuando, passamos à Sala Império, conhecida assim, por estar decorada com móveis desse estilo. Encontra-se também um quadro de grandes dimensões, que contém um elemento curiosamente semelhante ao existente no centro do tecto pintado: um medalhão de D. João VI. Este tecto simboliza D. João VI a ser condecorado, aparecendo como salvador da pátria.
Segue-se a Sala Azul, também chamada Sala dos Embaixadores. O deslumbrante tecto pintado, foi em tempos muito mais rico e elaborado. Actualmente, aqui se realizam as tomadas de posse individuais de membros do Governo.
É pelo Pátio das Damas que se faz o movimento geral do palácio, sendo visível o pouco de preservação do tempo de D. Manuel de Portugal. Actualmente o pátio está limitado, à esquerda de quem entra, pelas traseiras do Museu dos Coches (antigo picadeiro), ao fundo pelo muro do Jardim de Buxo e pela ala nascente do palácio e à direita pelo Palacete construído no início do século XX pelo Rei D. Carlos, para alojar as comitivas dos visitantes oficiais. Foi então que foram derrubadas as velhas construções, ampliado o pátio e aberto um portão para a Calçada da Ajuda.
Meus agradecimentos à professora Olga Iglésias por nos ter guiado no conhecimento deste grandioso e deslumbrante Palácio de Belém.
Filipa Carvalho
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1 comentário:
E O Presidente Cavaco não vos recebeu com pompa e circunstância, com uns pasteis de Belém? Hummm, Prof Cavaco, Prof. Cavaco, não se faz com alunos da Lusófona!
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